segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Giro no Pedal: Subir a Rainha, Descer o Rei e planar a Guarda


EDIT: 20-12-2011
Vídeo adicionado





O dia acordou os -2ºC com o sol a ajeitar os raios para lentamente dar ínicio ás subidas: a da temperatura, e a da Guarda. Estava uma pastelaria -Cidade Doce- á espera de uns recém habituais clientes. Os BikeVassouraTeam tinham marcado mais uma investida trialeira; e as 8h30 foi hora de reunião das tropas neste domingo. 5 Bravos tratavam da soneira e dos restos de remela ao ritmo da colher que mexia o café da manhã. Com o trilho traçado a régua e esquadro saíram convictos dos cerca de 1530 mts de acumulado de subida dispersados por 47kms... Que peito!

Xolas admira a paisagem enquanto "finge" que descansa.

Foram já tantas as vezes que rumámos aquela serra que mais parece um tabuleiro de xadrez. Fácil de entender a figura de estilo pelas mordomias de hoje: Subimos a Rainha e Descemos o Rei e só depois passámos a Guarda. Confusos? Venham daí!





Geada. A neve teima em não aparecer.

1ºC e o termómetro tremia e nós não menos que isso, na descida da Av. Sá Carneiro antes de virarmos para a "Amentoreira". O trilho é repetente. Geados os caminhos e as ervas que pisámos soltavam o som característico "crocante".  Passámos o Cubo pelas costas, o pequeno desvio para a recta do Gulifar, a subida aquece-pernas antes dos Chãos e estávamos no ínício de um exigente single-track que nos levou até quase Pêro Soares, para logo a seguir cruzarmos o Mondego e começarmos a subir a Misarela. A "Rainha" estava na mira!








Paisagem no flanco Oeste.




Esta "bola" não custa 40 mil...

 Um marco geodésico bem acompanhado. 

Há ali BikeVassouras camuflados.

A Barragem do Caldeirão espelhada ao fundo.

O pinoco obrigado á pôse.

Aldeia Viçosa

Agarrem-no para não cair!

Maravilhas das fotos panorâmicas...

O Mondego rasga o vale.

"I believe I can fly...." 


A cavaqueira é habitual mas hoje tivemos de novo um mestre da descompressão: o Pedro Renca, que com os seus "dotes" soltou gargalhadas, de quando em vez, aos restantes Miguel, Xolas, Coelho e Leonardo.
A meio da valente subida já alguns casacos tinham voado; não pelo aumento da temperatura exterior mas da interior. Mesmo assim o avançar da hora já tinha descongelado os terrenos mais soalheiros e a lama era agora a responsável pelas pinturas nas costas.



Oh meninos... a câmara está na frente...

Guarda.












Fantasmas? Porque aqui não há foto-montagem!

Leo indica de onde viemos.


Amizade. Uns têm, outros nem por isso... 

Miguel faz contas á altimetria.




Chegados ao cimo cumprimentámos um pastor que marchava com o rebanho á procura de pastagens, e seguimos para uma matilha de cães de caçadores que madrugaram ainda mais que nós para passearem a arma - caça não traziam... há dias assim.

Rodámos a bússola outra vez para nordeste , o objectivo era percorrer a cumeeira descobrir novos trilhos (para nós) e apreciar as vistas. Assim fizemos! Apesar do esperado ficámos surpreendidos. Absorvidos mesmo pela magnitude que as vistas deixavam vislumbrar. Não se pode descrever, e nem mesmo a fotografia consegue captar tudo. Aconselhamos: vão até lá!

Ali nos entretemos entre comentários, geolocalizações e fotografias q.b. deixámos aproximar os compromissos que a tarde anunciava. O tempo passou e deixava pouco espaço para que o "resto" se concluisse.
Tivemos de reorganizar o regresso por caminho mais rápido.... ou não!






O trilho que escolhemos para a Aldeia Viçosa foi... duro a roçar o impraticável. As valas que alguns veículos deixaram á sua passagem... foram abalroadas pelas águas da chuva transformando-as em trincheiras de guerra...  Se a subida foi Rainha, esta descida foi o REI de serviço, como de imediato a baptizámos.
A vontade de as ultrapassar com as nossas "montadas" era grande mas meia dúzia de metros bastavam para que voltássemos ao "péTT" e com grandes dificuldades nesta vertente...
Durou até encontrarmos a estrada municipal que liga Aldeia Viçosa á Rapa. Daí em diante foi o alcatrão o companheiro que se quis rápido para a pedalada de regresso á Guarda, mas que se conseguiu apenas uma suave e lenta "planagem" N16 acima, motivada pelo forte apetite para o almoço e para um regresso a estas bonitas paragens, mesmo aqui, á porta de casa!

Miguel mostra que conhece a Rosa-dos-Ventos.





Boas pedaladas!

3 comentários:

Pedro Renca disse...

MUITO BOM MESMO! :)

Anónimo disse...

Grande voltinha. Um dia tenho de lá voltar para tentar subir a rainha de enfiada. Este fds fiquei pela volta dos pobres: Jarmelo. VTR

Coelho disse...

Já há algum tempo que a planeávamos , e por um lado ainda bem que não a terminámos. Assim temos de lá voltar. :)

Convém não esquecer da próxima que o frio consome mais energia de nós, bastante mais. Como temos de levar a "caldeira" sempre ligada, o indicador de energia vai baixando rapidamente...
As sandochas não voltam a ficar em casa!