terça-feira, 28 de setembro de 2010

Rescaldo: I Maratona e II Passeio BTT -Trilhos do Mondego

Chegámos à hora marcada, pelas 08h00, ao ponto de encontro.Alguns atrasos mas nada que fuja à norma. Éramos 7 no Forninho da Estação os que tratavam de espantar algum sono com a droga do costume -café. 
Os comentários habituais, prognósticos e algumas brincadeiras avivam-nos a memória do que nos tinha calhado há cerca de um ano atrás. É certo que nem tudo tinha sido rosas, mas estávamos dispostos a enfrentar de novo os arredores do Mondego, por terras da Lageosa...

Já na A25 tivemos a certeza do soalheiro que estava o dia, e isso por norma, promete sempre boas pedaladas.

Ainda a confirmar o anterior, estava já um bonito aglomerado de Btt'istas, junto ao secretariado do passeio.
Era com alguns gestos frenéticos que se viam a lubrificar o grupo de tracção das suas máquinas, afinavam travões e a ajustarem os capacetes.


A nós esperáva-nos o mesmo! Mal assentámos arraiais, foi no secretariado que começámos a levantar pó... :
- * Passeio ou Maratona?*
- " Dorsais da maratona se faz favor."

Esta afirmação do Vítor congelou as ideias ao resto do Team. A lista de inscritos confirmava o lapso no e-mail enviado... mas daí a levar o erro por diante...
- * Mas tem a certeza?? *
- " Mas você está a desconfiar de mim? ai...."

Ficámos embasbacados com o recalque. - "Vamos todos em grupo!" 
Até que nos convencemos de que não havia volta a dar senão a da maratona...


Aí vão eles para os 60 Kms que prometia a organização, à excepção do Filipe que preferiu os 30Kms (não tinha vontade de almoçar tarde...bem tarde). No arranque desfasado de cerca de 30min da partida dos atletas do passeio de 30Kms, levávamos uma certeza repetida: muita subida para pedalar!


A Xolas tinha nesse dia uma estreia. Levava calçados os novos sapatos de encaixe - gloriosos lhe haveriam de sair! No entanto, de ínicio, com mais ou menos dificuldades, foi-se habituando ao novo pedalar.

A primeira dificuldade do dia estava à nossa frente: cerca de 10 kms subidinhos para as antenas , digo para as eólicas... é curioso o alcunho a que quase todos as sucumbem...

Vítor assomava-se à câmara enquanto tapava as vistas aos (des)focados.

Antes mesmo da subida houve lugar ao 1º reforço. Estavam previstos 4, carregados de barras, sandes, águas, laranjas... Nada faltou.
A penosa ladeira acusou a falta de chuva que se tem sentido. Cheia de um pó fininho que quase cobria os aros da roda, dificultando o trabalho ás pernas que se iam ressentindo.

A meio da dureza, viam-se bonitas paisagens.



Frescos que nem uma alface! (ou não..)

Carlos sempre em grande forma - alta rotação.




A Guarda na linha de horizonte, precedida pelas eólicas do Zambito.




Já lá no cimo foi tempo de descomprimir, e reagrupar. Nos entretantos ficámos a saber como funcionam as antenas, digo.. eólicas, através de 2 placares informativos que se encontram por ali.. E ainda assisti a 2 jogos peculiares: a caça ao gafanhoto e uma versão muito especial  da Raiola mas com pedras. Fiquei a perceber  que tanto o Vitor como o Carlos são mestres na matéria!




Sempre com boa disposição!


A descida foi algo de muito tremido... Na verdadeira ascensão da palavra! Isto porque o piso em Tuvenin, estava crivado pela passagem das lagartas de alguma máquina giratória ou muito semelhante.
Fez com que as bicicletas se mostrassem bastante rebeldes na hora de curvar e de travar... Foram alguns kilómetros onde os esqueletos dançaram dentro dos corpos, e onde as curvas apertadas assustaram alguns de nós. Lá no fundo demos conta que um companheiro do pedal tinha entrado em dificuldades, tinha ficado sem poder operar o desviador traseiro, o cabo de aço não tinha resistido. Ainda assim pedalou ainda até ao 2º ponto de abastecimento, aproveitando a descida que nos descansava as pernas.

Os restantes kilómetros foram-se fazendo sem grandes problemas de maior, a hora de almoço já estava a ficar para trás e nós aproveitávamos mais umas sandes no 3º posto de abastecimento - Cortegada era o nome do lugar. É bom ver gente contente por nos ver! Quando  se apercebeu da nossa chegada, a simpática Dulce da organização, esboçou um sorriso de quem já estava livre da espera... Já podia ir almoçar!

A 7kms prometeram-nos mais uma rica subida, e não se enganaram: era rica em inclinação....

Aqui parámos para perceber bem se não havia um Plano B... algures...

A25 nas nossas costas.

A Xolas em grande destaque nesta maratona. Conseguiu!

Depois de tanta subida e algumas descidas, começámos a ver o caminho de regresso à Lageosa, esperávamos algumas rectas para um final triunfal, mas não... faltava a Ponte do Ladrão e mais subidas!
Ficámos com uma cabeça! digo perna(!) Sim as pernas ficaram maiores e mais fortes... só de contentes!
Mas chegámos, e ficámos satisfeitos com a água a ferver nos chuveiros, com a feijoada saborosíssima, e mais ainda com a recepção calorosa da organização.



Estava tudo cheio de fome!


Este ano a organização tem muitas razões para estarem satisfeitos. Foi uma diferença do dia para a noite no que toca ao evento, comparando as duas edições já realizadas, nesta foi notória a muita atenção aos pormenores, e nas linhas gerais que desenvolveram.



No final: O Reconhecimento do Mérito do nosso elemento feminino!


Foi mais um passeio com muito esforço físico, mas sempre com grande apoio de todos e para todos.
Gostamos de pedalar assim!

Boas pedaladas!




4 comentários:

Anónimo disse...

É assim mesmo, isto é preciso coragem para enfrentar estes desafios, e com um grupo como o vosso, avizinham-se grandes desafios para serem superados.
Parabéns.

José Carlos - Trilhos & Quedas, S.A.

Coelho disse...

Os desafios querem-se assim.. Rijos! Afinal são a pimenta e o sal de tudo isto.

Sem dureza não há divertimento, por menos que pareça no momento...

Um cumprimento aos Trilhos & Quedas!

Anónimo disse...

Um domingo bem passado! A repetir. Confirmou-se que somos uma grande equipa. Parabéns a todos.
Vitor.

Anónimo disse...

Em 1º lugar gostaria de agradecer o vosso companheirismo na subida ás eólicas e posterior descida.
Infelizmente o cabo de aço do desviador traseiro não resistiu após a tremida descida e não foi possível acabar os 60 km que me tinha proposto fazer.

Foi um prazer conhecer o vosso grupo. Obrigado pela companhia.

Até ao próximo encontro,
António Vaz