quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Notícias: Um passo a seguir nas autarquias do país





UMA DECISÃO HISTÓRICA PARA A CIDADE DE LISBOA


No dia 21 de Janeiro, a Câmara Municipal de Lisboa, representada por José Sá Fernandes, vereador dos Espaços Verdes, e Fernando Nunes da Silva, vereador da Mobilidade, acordou quatro princípios da maior importância para o futuro da mobilidade na cidade de Lisboa. A saber:
Ponderar seriamente a redução da quantidade e velocidade dos automóveis nas ruas e bairros de Lisboa, antes de decidir pela segregação da bicicleta;
As ciclovias devem ter um só sentido de circulação, para evitar conflitos perigosos nos cruzamentos;
As ciclovias não devem ser construídas sobre os passeios, para evitar conflitos com os peões;
As ciclovias devem ser contínuas e cruzar em segurança vias de tráfego automóvel intenso.


Estas promessas foram feitas aos representantes de três associações: a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB), a Associação para a Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi) e a Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), em reunião ontem, dia 21 de Janeiro.


Assente ficou, assim, que a velocidade em muitas ruas e bairros de Lisboa deve ser reduzida para um máximo de 30 Km/h, de modo a integrar a circulação em bicicleta com o restante tráfego; a este propósito, há já uma vasta experiência internacional neste tipo de solução de acalmia de tráfego e os vereadores afirmaram inclusivamente a intenção de transformar as Avenidas Novas em Zona 30.


Ficou também assente que, para acautelar erros futuros e corrigir ciclovias já construídas, e no sentido de manter um diálogo saudável, construtivo e permanente, será constituído um grupo de acompanhamento formado por representantes da CML e de ONGs promotoras da mobilidade sustentável na cidade e da defesa dos direitos dos peões e utilizadores de bicicleta.


A FPCUB, MUBi e ACA-M congratulam a CML por esta decisão histórica e feliz dos responsáveis pela Mobilidade e Espaços Públicos da CML. Numa cidade em que 30% da população tem mais de 60 anos e em que só 40% dos agregados familiares possuem carro próprio, é um sinal de luz para a saudável, desejada, justa e equilibrada integração dos diversos modos de circulação.

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