Em antigas linhas de comboio, com vista para o mar, no meio da cidade ou na serra, conheça os melhores sítios para passear em duas rodas
1. Obstáculos à beira Tejo
Pedalar em Belém aos fins-de-semana pode ser um complicado e
xercício de equilíbrio. Em dias de sol, os obstáculos multiplicam-se: há cães sem trela, crianças e atletas que correm em todas as direcções, pescadores que lançam os anzóis para o Tejo sem se preocuparem com quem passa e o trânsito na ciclovia lembra a 2ª circular. Em Agosto de 2009, a câmara inaugurou os 7 km de percurso para bicicletas entre o Cais do Sodré e a Torre de Belém. Antes disso, a zona já era mais do que pedalada por profissionais com o último modelo de calções almofadados ou miúdos de triciclo. Percebe-se porquê: o percurso é plano, sempre acompanhado pelo rio Tejo e não faltam sítios para comer gelados (a Artisani, nas Docas, por exemplo) ou para matar a sede (a esplanada do Café In).
Onde: Ciclovia Cais do Sodré - Torre de Belém, Lisboa
Como chegar: De metro ou comboio até ao Cais do Sodré
2. Pedalar no Guincho sem pagar
Eis a solução para quem não tem bicicleta ou não está para a carregar até ao carro e viajar até Cascais: alugar uma BICA no centro da vila, mesmo ao pé da estação de comboios. Não tem de pagar nada, apenas levar o bilhete de identidade e vontade de pedalar - Cascais tem 34 km de área ciclável, além dos 7 km de ciclovia entre a Guia e a praia do Guincho. As bicicletas gratuitas têm um cesto onde pode levar a sua mochila com comida. Começando na estalagem do Farol, em frente à discoteca Coconuts, até à praia do Guincho, a ciclovia tem sempre vista para o mar. O percurso pode tornar-se penoso quando estiver contra o vento.
Onde: Ciclovia do Guincho, Cascais
Como chegar: De comboio até à estação de Cascais
3. No pulmão de Lisboa
Em Monsanto há 42 quilómetros para todo o tipo de ciclistas. Os aventureiros que gostam de BTT têm muitos percursos à escolha, pelo meio da vegetação do parque florestal. Quem procura um passeio mais calmo, pode começar a pedalar na ciclovia do skate park.
Onde: Parque Florestal de Monsanto, Lisboa
Como chegar: De carro, até ao skate park, perto do parque do Alvito
4. Recordar a Expo 98
Enquanto o Parque das Nações não tem uma ligação à ciclovia de Belém, pode parecer um sítio longínquo para dar um passeio de bicicleta. Mas não tem de arriscar a vida e pedalar até lá desde o centro da cidade. Existem pontos de aluguer de bicicletas espalhados pela zona (em frente ao Oceanário, no Pavilhão Atlântico ou na Praça Sony) para que não se incomode. Espaço não falta e os miúdos vão adorar saltar da bicicleta para se molharem nos vulcões. O passadiço de madeira em frente ao rio já não tem o glamour dos tempos da Expo 98, mas é um bom sítio para passear.
Onde: Parque das Nações, Lisboa
Como chegar: De metro ou comboio, estação do Oriente
5. Rumo à ilha do Baleal
Quando não há grandes ondas, os surfistas de Peniche trocam as pranchas por bicicletas e fazem-se à estrada, ou melhor à ciclovia que vai até à ilha do Baleal. O percurso é fácil, mas não espere ver o mar. As dunas preenchem a vista durante grande parte do passeio plano, ideal para pôr toda a família a fazer exercício. Durante a semana, os ciclistas contam-se pelos dedos. Antes de regressar a Peniche descanse numa esplanada com vista para a ilha do Baleal, assim chamada por ter sido um local de corte de baleias.
Onde: Ciclovia Peniche-Baleal
Como chegar: De carro, pela A8 e pelo IP 6. Estacione no centro de Peniche
6. Terra plana e mar à vista
Entre o Cabedelo e a praia da Granja são 15 quilómetros sempre a pedalar. A ciclovia em frente ao mar abrange quase todo o percurso. Apenas um ou dois troços obrigam a um desvio para a rua, mas nada de grave. Pelo caminho, há bares, repuxos para matar a sede e bancos para grande felicidade dos mais fatigados. Nos dias de semana o percurso é menos concorrido e é ideal para quem gosta de pedalar em paz em frente ao mar, sem muitos obstáculos.
Onde: Frente Marítima de Gaia
Como chegar: De carro até à praia da Granja
7. Passeio no Porto com fumo de escapes
Pode parecer estranho que uma avenida tão central como a da Boavista possa ser um bom lugar para andar de bicicleta. Mas é verdade. Além de ser a maior avenida do país (com seis quilómetros), tem uma ciclovia em grande parte da sua extensão, a desembocar precisamente na paisagem do Castelo do Queijo. É certo que não se respira ar puro, mas se os fumos dos escapes o incomodarem, é só fazer um ligeiro desvio: o Parque da Cidade do Porto fica mesmo ali ao lado.
Onde: Avenida da Boavista, Porto
Como chegar: De metro até à estação da Casa da Música
8. Altos e baixos na Serra de Santa Justa
Pode ser perigoso, já que não há pistas marcadas, mas a Serra de Santa Justa, em Valongo, é cada vez mais um dos lugares de eleição para quem gosta de pedalar. Lá encontram-se todos os tipos de ciclistas, desde os que procuram um simples passeio dominical até aos mais aventureiros que preferem descidas alucinantes e subidas que à primeira vista parecem só estar ao alcance de Lance Armstrong. A paisagem é de cortar a respiração, mas não se distraia e tenha atenção aos fojos. As covas de acesso às antigas minas de extracção de ouro existentes na serra têm entre 50 a 70 metros de profundidade e não estão vedadas.
Onde: Serra de Santa Justa, Valongo
Como chegar: De carro até Valongo, pela A4
9. Na linha do comboio
Já é possível andar de bicicleta em linhas de comboio, sem qualquer tentativa suicida. Em 2006, o antigo ramal ferroviário de Mora foi transformado numa ecopista, que vai desde o bairro do Chafariz d'El Rei, em Évora, até ao limite do concelho, na Sempre Noiva (21 km). Quando for concluída a ecopista terá 60 km, desde Arraiolos até Mora.
Onde: Ecopista do Ramal de Mora
Como chegar: De carro até Évora, pela A6
10. Ecovia do Litoral
A Ecovia do Litoral tem 214 km e vai desde o Cabo de São Vicente até Vila Real de Santo António. Muitos ciclistas que a percorrem queixam-se da falta de sinalização e da fraca ligação entre os troços. Mesmo assim, recomenda-se o percurso de 30 km entre Cabanas de Tavira e Olhão. Grande parte é em terra batida, sinalizado por pequenos postes com o topo pintado de amarelo. O caminho passa pelas salinas do Parque Natural da Ria Formosa e não é raro encontrar flamingos ou camaleões.
Onde: Ecovia do Litoral, Cabanas de Tavira-Olhão
Como chegar: De carro até Cabanas, pela A22 e N125
Outros Locais
Ecopista do Rio Minho, 13 km
Paralela ao rio Minho, resulta da reconversão da antiga linha ferroviária que ligava Monção a Valença.
Ciclovia Guimarães-Fafe, 15,3 kmEm meados dos anos 80, a antiga linha ferroviária que unia Guimarães e Fafe foi desactivada e transformada em ciclovia.
Ecopista do Sever do Vouga, 6,2 kmSegue sempre paralela ao rio Vouga e à EN16 até pouco depois da foz do Rio Mau, no Lugar da Foz.
Ciclovia da Estrada Atlântica, 21,1 km
A extensa ciclovia liga Pataias às praias do Norte do concelho de Alcobaça.
Ciclovia Trafaria-Caparica, 5 km
A ciclovia cria uma alternativa ao trânsito na ponte 25 de Abril. Muitos ciclistas trazem as bicicletas no barco e pedalam até às praias da Caparica.
Via Algarviana, 240 km
O longo percurso entre Alcoutim e o cabo de São Vicente faz-se em grande parte pela serra algarvia. É ideal para os praticantes de BTT.
Ciclovia Urbana de Faro, 6,7 kmA ciclovia une Faro em dois sentidos, Poente e Nascente. Estende-se pela Avenida Aníbal Cruz Guerreiro e pela Estrada do Moinho da Palmeira.
por Clara Silva com Miguel Ângelo Pinto e Rodrigo Burnay, Publicado em 19 de Abril de 2010 in www.ionline.pt
Pedalar em Belém aos fins-de-semana pode ser um complicado e
xercício de equilíbrio. Em dias de sol, os obstáculos multiplicam-se: há cães sem trela, crianças e atletas que correm em todas as direcções, pescadores que lançam os anzóis para o Tejo sem se preocuparem com quem passa e o trânsito na ciclovia lembra a 2ª circular. Em Agosto de 2009, a câmara inaugurou os 7 km de percurso para bicicletas entre o Cais do Sodré e a Torre de Belém. Antes disso, a zona já era mais do que pedalada por profissionais com o último modelo de calções almofadados ou miúdos de triciclo. Percebe-se porquê: o percurso é plano, sempre acompanhado pelo rio Tejo e não faltam sítios para comer gelados (a Artisani, nas Docas, por exemplo) ou para matar a sede (a esplanada do Café In).
Onde: Ciclovia Cais do Sodré - Torre de Belém, Lisboa
Como chegar: De metro ou comboio até ao Cais do Sodré
2. Pedalar no Guincho sem pagar
Eis a solução para quem não tem bicicleta ou não está para a carregar até ao carro e viajar até Cascais: alugar uma BICA no centro da vila, mesmo ao pé da estação de comboios. Não tem de pagar nada, apenas levar o bilhete de identidade e vontade de pedalar - Cascais tem 34 km de área ciclável, além dos 7 km de ciclovia entre a Guia e a praia do Guincho. As bicicletas gratuitas têm um cesto onde pode levar a sua mochila com comida. Começando na estalagem do Farol, em frente à discoteca Coconuts, até à praia do Guincho, a ciclovia tem sempre vista para o mar. O percurso pode tornar-se penoso quando estiver contra o vento.
Onde: Ciclovia do Guincho, Cascais
Como chegar: De comboio até à estação de Cascais
3. No pulmão de Lisboa
Em Monsanto há 42 quilómetros para todo o tipo de ciclistas. Os aventureiros que gostam de BTT têm muitos percursos à escolha, pelo meio da vegetação do parque florestal. Quem procura um passeio mais calmo, pode começar a pedalar na ciclovia do skate park.
Onde: Parque Florestal de Monsanto, Lisboa
Como chegar: De carro, até ao skate park, perto do parque do Alvito
4. Recordar a Expo 98
Enquanto o Parque das Nações não tem uma ligação à ciclovia de Belém, pode parecer um sítio longínquo para dar um passeio de bicicleta. Mas não tem de arriscar a vida e pedalar até lá desde o centro da cidade. Existem pontos de aluguer de bicicletas espalhados pela zona (em frente ao Oceanário, no Pavilhão Atlântico ou na Praça Sony) para que não se incomode. Espaço não falta e os miúdos vão adorar saltar da bicicleta para se molharem nos vulcões. O passadiço de madeira em frente ao rio já não tem o glamour dos tempos da Expo 98, mas é um bom sítio para passear.
Onde: Parque das Nações, Lisboa
Como chegar: De metro ou comboio, estação do Oriente
5. Rumo à ilha do Baleal
Quando não há grandes ondas, os surfistas de Peniche trocam as pranchas por bicicletas e fazem-se à estrada, ou melhor à ciclovia que vai até à ilha do Baleal. O percurso é fácil, mas não espere ver o mar. As dunas preenchem a vista durante grande parte do passeio plano, ideal para pôr toda a família a fazer exercício. Durante a semana, os ciclistas contam-se pelos dedos. Antes de regressar a Peniche descanse numa esplanada com vista para a ilha do Baleal, assim chamada por ter sido um local de corte de baleias.
Onde: Ciclovia Peniche-Baleal
Como chegar: De carro, pela A8 e pelo IP 6. Estacione no centro de Peniche
6. Terra plana e mar à vista
Entre o Cabedelo e a praia da Granja são 15 quilómetros sempre a pedalar. A ciclovia em frente ao mar abrange quase todo o percurso. Apenas um ou dois troços obrigam a um desvio para a rua, mas nada de grave. Pelo caminho, há bares, repuxos para matar a sede e bancos para grande felicidade dos mais fatigados. Nos dias de semana o percurso é menos concorrido e é ideal para quem gosta de pedalar em paz em frente ao mar, sem muitos obstáculos.
Onde: Frente Marítima de Gaia
Como chegar: De carro até à praia da Granja
7. Passeio no Porto com fumo de escapes
Pode parecer estranho que uma avenida tão central como a da Boavista possa ser um bom lugar para andar de bicicleta. Mas é verdade. Além de ser a maior avenida do país (com seis quilómetros), tem uma ciclovia em grande parte da sua extensão, a desembocar precisamente na paisagem do Castelo do Queijo. É certo que não se respira ar puro, mas se os fumos dos escapes o incomodarem, é só fazer um ligeiro desvio: o Parque da Cidade do Porto fica mesmo ali ao lado.
Onde: Avenida da Boavista, Porto
Como chegar: De metro até à estação da Casa da Música
8. Altos e baixos na Serra de Santa Justa
Pode ser perigoso, já que não há pistas marcadas, mas a Serra de Santa Justa, em Valongo, é cada vez mais um dos lugares de eleição para quem gosta de pedalar. Lá encontram-se todos os tipos de ciclistas, desde os que procuram um simples passeio dominical até aos mais aventureiros que preferem descidas alucinantes e subidas que à primeira vista parecem só estar ao alcance de Lance Armstrong. A paisagem é de cortar a respiração, mas não se distraia e tenha atenção aos fojos. As covas de acesso às antigas minas de extracção de ouro existentes na serra têm entre 50 a 70 metros de profundidade e não estão vedadas.
Onde: Serra de Santa Justa, Valongo
Como chegar: De carro até Valongo, pela A4
9. Na linha do comboio
Já é possível andar de bicicleta em linhas de comboio, sem qualquer tentativa suicida. Em 2006, o antigo ramal ferroviário de Mora foi transformado numa ecopista, que vai desde o bairro do Chafariz d'El Rei, em Évora, até ao limite do concelho, na Sempre Noiva (21 km). Quando for concluída a ecopista terá 60 km, desde Arraiolos até Mora.
Onde: Ecopista do Ramal de Mora
Como chegar: De carro até Évora, pela A6
10. Ecovia do Litoral
A Ecovia do Litoral tem 214 km e vai desde o Cabo de São Vicente até Vila Real de Santo António. Muitos ciclistas que a percorrem queixam-se da falta de sinalização e da fraca ligação entre os troços. Mesmo assim, recomenda-se o percurso de 30 km entre Cabanas de Tavira e Olhão. Grande parte é em terra batida, sinalizado por pequenos postes com o topo pintado de amarelo. O caminho passa pelas salinas do Parque Natural da Ria Formosa e não é raro encontrar flamingos ou camaleões.
Onde: Ecovia do Litoral, Cabanas de Tavira-Olhão
Como chegar: De carro até Cabanas, pela A22 e N125
Outros Locais
Ecopista do Rio Minho, 13 km
Paralela ao rio Minho, resulta da reconversão da antiga linha ferroviária que ligava Monção a Valença.
Ciclovia Guimarães-Fafe, 15,3 kmEm meados dos anos 80, a antiga linha ferroviária que unia Guimarães e Fafe foi desactivada e transformada em ciclovia.
Ecopista do Sever do Vouga, 6,2 kmSegue sempre paralela ao rio Vouga e à EN16 até pouco depois da foz do Rio Mau, no Lugar da Foz.
Ciclovia da Estrada Atlântica, 21,1 km
A extensa ciclovia liga Pataias às praias do Norte do concelho de Alcobaça.
Ciclovia Trafaria-Caparica, 5 km
A ciclovia cria uma alternativa ao trânsito na ponte 25 de Abril. Muitos ciclistas trazem as bicicletas no barco e pedalam até às praias da Caparica.
Via Algarviana, 240 km
O longo percurso entre Alcoutim e o cabo de São Vicente faz-se em grande parte pela serra algarvia. É ideal para os praticantes de BTT.
Ciclovia Urbana de Faro, 6,7 kmA ciclovia une Faro em dois sentidos, Poente e Nascente. Estende-se pela Avenida Aníbal Cruz Guerreiro e pela Estrada do Moinho da Palmeira.
por Clara Silva com Miguel Ângelo Pinto e Rodrigo Burnay, Publicado em 19 de Abril de 2010 in www.ionline.pt
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