Levantar, banho, vestir equipamentos, pequeno almoço, preparação da camelback com os líquidos normais, inspecção visual ás "meninas" - pneus, travões (o itálico tem razão de ser... mais á frente explicada), lubrificação da transmissão, colocação do ciclo-computador. Capacete e luvas - tudo OK!
Após carregar as máquinas, rumámos em direcção ao Alto de Pêga, n'O Peregrino, ponto de encontro para um passeio que estava já marcado pelas condições meteorológicas adversas - chuva, vento e algum nevoeiro. Ainda não eram 08h30 já alguns membros tiravam algumas cadeiras, arrumadas em cima das mesas, denotando a recém- reabertura do café.
Mini acabava de telefonar - problemas com a circulação na estrada, motivo: Transit atolada em lama.
Chegaria algum tempo depois com mais 2 novos amigos do pedal - André e o "PJ".
A demora já estranhada, do Carlos e do Vitor, deixava perceber uma noite bem "molhada" para algum deles...ou para os dois..
O café rápido, acelerou ainda mais a vontade de chegarmos ao local de partida. Nas Piscinas Municipais da empresa municipal Sabugal+, estavam já quase a totalidade dos participantes, cerca de 50, em exercícios de preparação, e montagem das suas bikes.
Dirigimo-nos á secretaria, recebemos os frontais em troca do pagamento ou dos recibos comprovantes, a T-shirt da praxe e ála! para as bikes. Nºs 1, 2, 3, 35, e 37. Nesta altura marcavam os termómetros 12,5ºC.
Sérgio Lages da organização, deixava antever trilhos bastante enlameados e escorregadios, aliás, tivemos a oportunidade de comprovar isso como ninguém!
As primeiras pedaladas foram dadas em torno do edifício base da logística deste passeio, mas alguns metros á frente estávamos já a rolar ao longo do Côa. Todo o percurso ( 25Km propostos, que no final se contabilizaram 35 ) foi bastante coincidente com um anterior passeio também participado por este Team, o do CA6K. Pena que as marcações nem sempre foram claras, talvez porque se mantivessem fitados percursos realizados anteriormente.
Algumas subidas puseram logo de início a teste, os músculos ginasticados no anterior fim-de-semana durante a Invernal. As descidas foram divertidas, com traços de perigo dado o estado do piso.
Filipe, Coelho, Mini, André e o PJ, pedalavam juntos, quando logo desde cedo notaram a presença na cauda do pelotão, de uma "amiga" - a pick-up. Desta vez a enrascada foi uma Hilux 4x4, branca.
Sempre num ritmo de passeio e com tempo para tirar algumas fotos, os kms foram surgindo. A dada altura, por volta do Km12, todos se começaram a lembrar do reforço, que ainda não tinha dado sinais de existência... Estaria para chegar- bem mais á frente! Antes disso, lugar para uma monumental "enlameadela".
Já tínhamos deixado para trás as encostas de Rendo, Cardeal e Pouca Farinha, quando o percurso nos leva a percorrer cerca de 2/3 kms do novo troço de estrada que por ali se constrói.
Pode-se dizer que em dupla 1ª, a cada pedaladela a roda motriz patinava meia volta..... lama pelos aros! E zonas houve bem piores... a obrigar um esforço redobrado por parte dos participantes mais teimosos, e aos outros que circulavam á rédea, a ganharem um belo banho de lama nas sapatilhas. Inclusivamente a Hilux mostrava-se com bastantes dificuldades em progredir no terreno, por várias vezes nos apercebemos da necessidade do nosso socorro...
Foi o nunca visto, até que este desconforto foi interrompido por um estrondoso disparo. Seriam caçadores? Era dia "deles" também, prova disso foram alguns reboques estacionados pelo mato fora. Mas não, tinha sido o pneu dianteiro da novíssima Rockrider do PJ rebentou quando nem sequer era pedalado! Uma admiração geral.
Após a troca das câmaras de ar renovámos o peito e seguimos o percurso. Esta lama aliada á chuva intensa que nos atacava na vertical, veio a ter como consequências directas, períodos de mau funcionamento dos travões. As pastilhas (V-brakes e de disco) começaram a falhar.
Após a troca das câmaras de ar renovámos o peito e seguimos o percurso. Esta lama aliada á chuva intensa que nos atacava na vertical, veio a ter como consequências directas, períodos de mau funcionamento dos travões. As pastilhas (V-brakes e de disco) começaram a falhar.
Talvez tenha sido eu próprio aquele que mais provou desse problema. Numa zona de alcatrão a direito e a rolar cerca dos 38km/h, as marcações indicavam viragem á esquerda, logo aí fui obrigado a seguir alcatrão fora... já só me assistia o travão dianteiro... e mal. O travão de disco traseiro, só fazia peso. As pastilhas tinham vidrado! Seria isto uma boa premissa?...
Voltei atrás logo que parei (quase por inércia ), aguardava a Hilux que regressasse "aos carris" - não deixava ninguém para trás.
Em Ozendo, dentro do BAR da praça de touros, foi-nos servido o reforço. Era o Km 21 e o murmurar de todos reclamava o tão tardio renovar de energias. Serviço completo, nada faltou! Nem as famosas bananinhas...
No trilho novamente, o grupo era encabeçado pelo Mini, que com grande força no pedal estava a fazer um teste de pernas verificando as suas capacidades. Quanto a mim como tinha ficado para trás, quis voltar a apanhar o grupo. Esta parte do percurso era pouco acidentada e nivelada q.b. . Numa ou noutra descida de baixo grau de inclinação, e á medida que ia passando pelos vários companheiros, assinalava a intenção de ultrapassar. " - Direita! Olha que tou sem travões! "
A recta deixava ver o Mini lá no fundo, pedalei algo mais, entretando a recta transformou-se em descida.. simples - para quem trás os travões em bom estado.
Aproximava-me rapidamente do Mini, confiante na curva fácil lá ao fundo. De repente, sinto um deslize da roda dianteira "- Pronto! Já está...." - pensei.
E o resto foram algumas cambalhotas que terminaram comigo esticado no chão e coberto de lama e terra.
Verifiquei o que é que estava mal.... Cotovêlos esfolados, ombro oprimido e senti uma pressão no joelho esquerdo. Tentei levantar-me já com a ajuda do Mini, que logo parou, e dos demais parceiros. A dôr intensa do joelho impedia que caminhasse. Fui levado a braços para dentro da Hilux que já estava ali estacionada.
Carregaram-me a bike. E a 5 Kms do final, para mim estava terminado o Btt daquele dia, e talvez do ano...
À chegada, consegui tomar um banho com dificuldade, para depois ser atendido no Centro de Saúde do Sabugal. "- Raio X na Guarda!" foi a prescrição da médica que me consultou.
Este meu caso serve para um conselho a todos, os que em prova ou passeio ficam com as qualidades mecânicas da bicicleta afectadas por avaria ou por outro qualquer motivo: Não ultrapassem nas descidas!
Ainda antes dos exames, o almoço! Momento de confraternização entre todos os participantes que se juntaram no Restaurante Sol Rio para um bom repasto.
Entradas, prato, sobremesa, tudo foi do agrado de todos.
A organização , de modo geral, cumpriu com os objectivos a que se propôs.
Até para o ano!
PS... Sim, o gelo está a fazer maravilhas!
Boas pedaladas, sem quedas!
Ainda antes dos exames, o almoço! Momento de confraternização entre todos os participantes que se juntaram no Restaurante Sol Rio para um bom repasto.
Entradas, prato, sobremesa, tudo foi do agrado de todos.
A organização , de modo geral, cumpriu com os objectivos a que se propôs.
Até para o ano!
PS... Sim, o gelo está a fazer maravilhas!
Boas pedaladas, sem quedas!
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