Rescaldo: 1º Passeio Terras do Côa

A "Caravana Politiqueira"

por: Bruno

No passado dia 04 estivemos pelas Terras do Côa, no concelho do Sabugal.

07:45… Hora de estacionar as feras dentro da carrinha MITSUBISHI do Coelho.

Chegámos por volta das 08.15 ao local de check-in no Sabugal, com muito nevoeiro (não sei se era mesmo nevoeiro, ou era do sono!), onde já estava colocada a mesa das inscrições (a tenda foi montada posteriormente). Fizemos as respectivas inscrições, pagamentos e recebemos 1 brinde… 1 t-shirt nada mais nada menos que ………da Liberty Seguros!!!! (devem ter ficado em stock depois de terem deixado de apoiar os tugas!)

Ficámos com os dorsais 30, 31, 32 e 33 (sim com 4 dorsais). É tempo então de apresentar mais 2 novas contratações Juniores para a fabulosa Equipa BikeVassouraTeam: o David e o Telmo.

Foi dia de estreia para eles nestas andanças, e portaram-se á altura, revelando-se 2 enormes contratações (a baixo custo), que prometem causar sensação em provas futuras, como o fizeram nesta!

Depois de um cafezinho que nos ia custando o dobro (pois a senhora do café “inocentemente ou não”desviou a moeda de 2 euros do Coelho como que por magia, para a Caixa Registadora, agravado de nem 1 ticket nos ter dado), lá íamos começar a prova, ouvindo o discurso de 1 dos organizadores em cima de uma carrinha, como se de 1 palco se tratasse, e em jeito de comício, como aliás, sucedia nesse mesmo largo com a caravana dos partidos políticos.

O sinal de partida foi adiado e atrasado um pouco, pois ouve 1 furo de 1 elemento de uma equipa “concorrente” e também já habitual nestas andanças. Ficámos á espera e cada um a pensar para si mesmo que …. se fosse um de nós….também esperariam??? Vamos acreditar que sim!

Arrancámos, cerca de 50 concorrentes pelas ruas do Sabugal, e logo de início cada 1 a seguir a sua estratégia, e a BVT (BikeVassouraTeam) a posicionar-se, como já vem sendo hábito, na cauda do pelotão… para controlar a corrida e não serem surpreendidos por nenhuma ultrapassagem!

Aos 400 metros numa descida íngreme em paralelos, e em perseguição aos adversários, o Bruno “dá de caras” com uma sarjeta sem tampa…. E para não provocar 1 acidente e se despistar… faz cavalo… tendo acabado por empenar a roda traseira! (má opção!!).

Próximo do 2 km eis que sucede outro percalço… o Telmo fura, exactamente na roda que não tinha câmara-de-ar anti-furo! Ao remendar… verificámos um “não usual” corte alongado na câmara-de-ar. Achámos suspeito… mas … deixaríamos isso para depois.

Fomos apanhados, com estas atribulações todas, pela L200 4x4 MITSUBISHI vermelha (que aliás nos acompanhou até ao fim da prova).

Tempo perdido…. Tempo que teríamos de recuperar, sem nunca deixarmos para trás a L200, não fosse por lá ela perder-se, e como o FAIR PLAY abunda na BVT… como se costuma dizer… lá tivemos que gramar com a bucha!

Conforme estratégia delineada e estudada durante a semana (a beber umas mines e a comer uns tremoços), o Bruno e o Coelho, com mais experiência nestas andanças, a ocupar o “miolo do terreno” para dar cobertura às arrancadas do David, e ao mesmo tempo a fazer a “dobra” ao Telmo, que, aliás trabalhou imenso para a equipa, acompanhando SEMPRE o tal jipe Vermelho, para não se descolar de nós!

Finalmente chegou o reforço de água, aos 10 km, com 3 moças a servir de “aguadeiras”.

Perguntámos qual a diferença de fuso horário para os outros participantes. Foi-nos indicado com um som do tipo…”Tchhiiiiiii!”. Como não entendemos (ou fizemos por não entender) e também por causa do flagelo da Gripe A, pusemo-nos a andar, não fosse o Diabo tecê-las!

Passados 500 metros, avistámos 1 concorrente ao longe, e parecia estar a dar fruto a nossa estratégia… quando… constatámos… que não era 1, mas uns 14!!!! Mas …14??? Parados??? Hummm…. Algo se passava! Dito e feito… e o INSÓLITO aconteceu, tinha havido 1 despiste de um companheiro de profissão, que, infortunadamente caiu…e perdeu a placa dos dentes! Estava explicado a paragem de um número tão significativo de concorrentes.

Mais uma vez, com FAIR PLAY, decidimos não continuar, e ficar para ajudar. Tanto ao rapaz….como ao Telmo (que já apresentava sintomas de algum esforço físico ao “ajudar o tal jipe vermelho”).

Procurámos… procurámos, revolteámos folhas, areia, giestas, com as mãos, com ramos, com os pés….e a “placa” teimava em não mostrar os dentes! (desculpem esta expressão… mas tem mesmo de ser), pois como alguém disse, (e não é que também já não nos tivesse passado pela cabeça), “…nós aqui a procurar e ela há-de estar a rir-se para nós!”). 

Com isto tudo… perdemos 50 minutos (ao contrário do Telmo e do Jipe, que ganharam), e nada! Para mal dos pecados… não apareceu! Pusemo-nos então ao caminho e cada 1 a pensar para si “Se não a encontrámos…. Talvez não tenha caído aqui!”…. Estava tudo explicado…. O pneu do Telmo… foi SABOTADO!!!!! Daí ter um rasgo semelhante ao de um dente!!! 

Prosseguimos então com umas descidas rápidas, e com umas subidas lentas (como era de prever!) e eis que á saída de uma curva, fomos surpreendidos por um pelotão de cabras em sentido contrário, também a cortar a curva, mas com uma perícia imensa, lá passámos sem “riscar” nada (mais uma vez… uma tendência enorme de o Bruno atropelar algum animal…já vem sendo hábito). 

Lá chegámos então… e finalmente ao tão desejado e merecido reforço, cerca dos 25 km.

Lá estava outra menina, debaixo de uma árvore, com a merenda estendida numa mesa de pedra, com muito bom aspecto (a mesa…bem entendido). Sandes mistas, de chouriço, de fiambre, sumos de laranjas, águas e bananas (para as tão indesejadas cãibras).

“Enchemos o bandulho”…e pela calada…. Fugimos ao jipe através da aldeia de Ozendo até encontrarmos uma enorme barreira!

Parámos então para “mudar as águas” e tirar umas fotos junto de uma imponente praça de touros. Prosseguimos com a viagem. Após estes duros 25 km, as cãibras começaram a sentir-se no nosso elemento da retaguarda, mas lá foi puxando o jipe.

 




A Prova começava a parecer mais plana até que chegámos a uma “picada” junto já da bela barragem do Sabugal. Começámos a subir…a subir…. a subir…. E não havia maneiras de ela terminar! Parámos por diversas vezes (ainda na mesma subida) para beber. 

O Jipe começou então a fazer vários pontos de embraiagem e não resistiu!.... Não conseguiu mais! O Bravo do Telmo, foi o sacrificado, e ficou ele para trás com o jipe. Carregou a sua “verde-tropa” em cima do “encarnado-cansado-estoirado-bebegasóleocumócaraças” e ajudou a manobrar o veículo.

Após isto, tentámos dar o tudo por tudo, descendo vertiginosamente em direcção á agua (“saltando do caminho pré-definido”), por cima de pedras, lodo, giestas, e tudo o que aparecia!

Andámos num ritmo muito mais forte e o jipe, não nos conseguindo apanhar, justificou-se (balelas!) que não poderia passar por cima do paredão da barragem, e foi á volta (por 1 caminho mais curto). 

Encontrámo-nos então já no betuminoso. O David, mostrou então as suas qualidades de sprinter e... foi… NUNCAAAAAAA mais o vimos!!!! Aliás, vimos… na META. 

Percorridos cerca de 58 km, enfim… o fim!

Banho nos balneários da equipa visitante (como é óbvio) do Estádio Municipal do Sabugal.

Almoço na pista de AutoCross do grupo CLUBE AUTOMOVEL 6 KINAS (CA6K).

Os BVT chegaram todos em pelotão para o ataque final! Umas belas de umas batatinhas, com uma carne com um tempero impecável, bem regadinho com um vinho lá das bandas do Cartaxo, para nós desconhecido, mas com um enorme potencial! Para terminar, este convívio, partilhando a mesma mesa com as simpáticas e divertidas pessoas da Organização, 1 fantástica sobremesa de bolacha e um cafezinho.

Foi rir até mais não, com as histórias das gentes típicas da zona (estilo Liga dos Últimos).

Lá fomos então até às bandas da Guarda…

Tempo de descansar e planificar outra prova.

Até breve!