E é bem verdade que o mote para o passeio do último domingo foi pedalar até uma famosa Ponte.
Antigamente segundo se conta na sabedoria popular, a Ponte de Sequeiros terá sido um posto de controle Fronteiriço que cobrava taxas de passagem. Datada do século XIII, só em 1297 viria a ser património português através do Tratado de Alcanizes.
O IGESPAR descreve ainda :
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Situada nas proximidades de Vale Longo, sítio de Sequeiros, faz a travessia sobre o Rio Côa numa área de vale um pouco cavado.
Situada nas proximidades de Vale Longo, sítio de Sequeiros, faz a travessia sobre o Rio Côa numa área de vale um pouco cavado.
Ponte em alvenaria de cantaria de granito com aparelho regular, suportada por três arcos, em que o central é mais largo e alto. Os arcos são acompanhados pelo tabuleiro que se apresenta rampeado, fazendo ângulo ao centro. Tem de comprimento cerca de 65m e de largura, entre guardas, cerca de 4,5m.
O tabuleiro encontra-se a cerca de 20m do rio, está protegido por paralelepípedos de granito com cerca de 0,30m de espessura.
Dos lados dos pegões encontram-se dois robustos e enormes talhamares de perfil triangular, sendo a jusante rectangulares, com degraus escalonados, que poderão servir de reforço estrutural para cheias de maior intensidade e consequente maior velocidade das águas do rio.
O seu pavimento é lajeado, tendo continuidade nos acessos, acompanhando as rampas, que no topo do arco central formam uma superfície ligeiramente abatida e preenchida com saibro.
No acesso da margem direita está uma torre arruinada de que restam as paredes e dois arcos de acesso em grossa alvenaria de granito, que indicia que ter sido esta uma ponte fortificada ou com portagem.
Até ao século XIV a fronteira com o reino de Leão foi delimitada pelo rio Côa e apesar de se apontar a sua construção para finais da primeira metade do século XV esta ponte poderá ter funcionado como parte do dispositivo militar que em finais da Idade Média permitia regionalmente o controle fronteiriço de pessoas e bens. (JAM)
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Partimos do PURD , mais conhecido por Pólis, ás 8h30 e enveredámos pelos trilhos mais próximos que ladeiam a linha do comboio, tão próximos que algumas vezes foi a própria linha do comboio o nosso trilho...
Obviamente que não causámos estorvo ao grande "Kim" , saímos sempre do caminho do pesado transportador. Esta nossa gentileza foi agradecida por umas valentes buzinadelas ali pela zona da Cerdeira, local onde virámos mais a Sudeste para irmos de encontro ao Côa, o rio que nasce na Rota do Contrabando na serra acima da aldeia raiana dos Fóios.
A tradicional foto de grupo, de marco alcançado, surgiu enquanto os mais contentes comiam bananas e brincavam com a morfologia da palavra, discutindo as propriedades inversas aos laxantes farmacêuticos...
Foi mais um dia de animação com 8 pedaleiras a engasgarem-se com o pó dos trilhos sêcos. A chuva teima em molhar só os parvos, e a agricultura dos campos por onde passámos já mostra bastante a sua falta.
No regresso, direito a teste ao piso: o recém BTT'ista João Pires acabou por fazer uma paragem técnica numa curva areada que não devolveu a mesma confiança. Apenas o impermeável se ressentiu na manga, pois podia ter perfeitamente ficado em casa. A chuva prometida não ameaçou a manhã e deixou fazer um trajecto debaixo de uma temperatura muito agradável .
Aqui fica o track.
Boas pedaladas!
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